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A Arte De Canalizar Com Clareza – 1

Flavia Criss

Esse artigo é fantástico, foi publicado pela Revista Amaluz números 119 e 120 e gentilmente disponibilizado na Internet por Euro Oscar, a quem agradeço enormemente pela iniciativa e carinho pela disseminação do saber! No entanto, como ele explica, a Revista Amaluz cessou sua publicação em 2000, deixanos muitos leitores saudosos e agradecidos pelo conhecimento difundido com tanta propriedade. Agradeço imensamente à Revista Amaluz por esse artigo magnífico que agora compartilho no meu Blog.

Revista Amaluz – 119

A arte de canalizar com clareza – 1

E. Noh-Ra Amrani Da Fonte Única de Vibrani

Parte 1

Fala-se muito sobre canalização porém, poucos parecem compreender o que seja realmente a canalização. É uma forma de arte? Por que a fazemos? O que é considerada boa canalização? No fenômeno da canalização, quem é responsável pelo que surge? Quais são os resultados desse processo?

Espero que este artigo lance alguma luz sobre a arte da canalização — que é uma prática muito antiga, e não da Nova Era, absolutamente — e como determinar se o que se está canalizando ou ouvindo de um canal, é uma canalização clara que realmente representa a Fonte, e como podemos nos beneficiar da canalização.

Quando começou

Na antigüidade, os oráculos de Delfos, as sacerdotisas e os sacerdotes dos templos, os médiuns, videntes, feiticeiros e xamãs, eram os canais de energias dos arquétipos e dos espíritos da natureza, e até de seus próprios guias espirituais. Todas as civilizações e culturas tiveram uma forma ou outra de místicos ou de canais em transe. Com suas capacidades, eles eram capazes de penetrar em diferentes dimensões e fornecer conhecimentos que as massas não estavam treinadas para conseguir por si mesmas. Os xamãs e os sacerdotes mantiveram viva essa forma de arte, e ela pode agora ser utilizada por quase qualquer pessoa, quando desejarem.

Em muitas culturas os canais eram muito considerados, e tratados com grande respeito e honra. No entanto, através da história, muitos foram mal compreendidos e muitas vezes erroneamente acusados de praticar o mal ou rituais demoníacos, e condenados à morte acusados de bruxas ou feiticeiras (Joana D’Arc, por exemplo). Geralmente isso era instigado por autoridades religiosas, pois não queriam que as pessoas soubessem que elas próprias eram capazes de se conectar com a Fonte.

Neste século a canalização passou por grande transformação. Hoje em dia já não é mais necessário ter um intermediário que sirva de ponte entre uma pessoa e Deus. A canalização não exige necessariamente que o canal entre em estado de transe, voltando sem nenhuma lembrança ou responsabilidade sobre o que vem através dele. Atualmente os canais têm a oportunidade de serem co-criadores no fenômeno da canalização e de estarem em igualdade com as entidades que canalizam. Cada vez mais canais estão se tornando mais conscientes do que ocorre em seu estado alterado e assumindo a responsabilidade por sua co-criação. Eles são tão claramente um canal quanto podem ser, deixando-se ficar de lado a fim de permitir que seus mentores compareçam plenamente. Utilizam as mensagens canalizadas para ajudá-los em seu crescimento pessoal.

Porém, hoje em dia ainda enfrentamos acusações similares, embora não tão radicais. Às vezes somos ridicularizados e com freqüência ainda grosseiramente mal compreendidos e temidos. Isso é devido a canais que não tiveram o treinamento adequado, que não continuam seu próprio crescimento interior, que trazem à tona certos pontos de vista questionáveis, ou que simplesmente fornecem informações erradas. Infelizmente, as pessoas que desconhecem o que é a canalização clara, tendem a considerar globalmente tanto os bons canais quanto aqueles não tão bons. Isso significa que informações valiosas são perdidas. Apesar disso, essas coisas podem significar grande experiência de aprendizado para todos nós.

O que é canalização?

Vamos esclarecer alguns mitos e nos reportar ao básico sobre canalização e canais.

Uma importante distinção precisa ser feita entre canalização e mediunidade. O termo “mediunidade” é freqüentemente usado em lugar de “canalização”. Mediunidade é um termo mais antigo e canalização vem sendo usado principalmente desde a década de sessenta. Ambos significam sintonizar finamente em um mostrador (dial) específico no espectro eletromagnético (semelhante a um rádio), que permite a conexão com outras partes de nós mesmos, com a Fonte e com outras entidades. Pode-se ser ou um médium ou um canal; algumas pessoas são ambos.

Tanto a mediunidade quanto a canalização são co-criações, embora existam diferenças entre elas. Gosto desta explicação, e a compartilho aqui com vocês com a permissão de um de meus instrutores, Shawn Randall, canalizando Torah: “Canalização é quando se está fornecendo um serviço de aconselhamento, ensinamento ou cura, para si mesmos e para os outros. Mediunização é prestar um serviço para entidades espirituais que têm suas agendas (intenções) específicas.”

Canalização

A canalização permite que nos abramos para conectar com nosso próprio Eu Superior (nossa própria essência) e com a Fonte. Ela permite que uma amorosa entidade se expresse através de nós. O foco dessa entidade é compartilhar a sabedoria, o conhecimento, a ajuda através de conselhos, a cura, o auto-poder e outras formas de criatividade que beneficiam o canal e também a humanidade como um todo. Os canais também são abastecidos de informações por um mentor, telepaticamente, sem estar completamente em transe. Canalizar é compartilhar energias, uma criação de novas energias, e um processo reflexivo, no qual o canal, o auditório, e até o ser que está sendo canalizado, estão recebendo muito desse processo.

Alguns canais mantêm os olhos abertos ou fechados, ou se movimentam enquanto canalizam; isso depende da pessoa e da forma que a canalização assume. Existem canais que falam, que escrevem, dançam, tocam ou compõem música, criam obras de arte ou novas tecnologias, ou fazem curas. Alguns são multicanais, o que significa que podem realizar várias formas diferentes de canalização, com facilidade e capacidade.

Quando devaneamos ou temos visões, estamos enterrados em um bom livro, vemos um filme, meditamos ou fazemos qualquer coisa que realmente adoramos fazer, com tal concentração e intenção que o tempo cessa de existir, podemos dizer que estamos canalizando, porque naquele momento estamos abertos para receber e estamos em um estado de consciência ligeiramente alterado, sintonizando em algo específico.

Por que canalizar intencionalmente? Somos seres divinos e criadores. Quando nos abrimos para mais do Tudo Que É, sabemos mais sobre quem somos — e as possibilidades são infinitas. “Ao aprender a entrar em contato com nossos eus biológicos e elétricos, podemos fazer de nós seres mais elevados, que transmitem o lado espiritual da vida. Quando vocês atingirem o ponto em que se pode controlar essa energia e transformá-la em uma força positiva, encontraram a parte de vocês que é Deus.” (1*)

A canalização é uma forma de arte que abre a criatividade e maiores possibilidades para nós mesmos através do portal do amor e da imaginação — o portal para Deus. Através da canalização nós nos abrimos para novas esferas de conscientização e perspectiva. Ficamos mais conectados com a realidade da vida, e podemos usá-la para criar o que desejarmos.

Enquanto serviço, a canalização exige a abertura para o amor e a confiança, além da capacidade e desejo de receber; fornece maior foco, intenção, discrição, auto-conhecimento e auto-respeito. É um processo contínuo. Por outro lado, quando realizada claramente, a canalização traz mais amor, compaixão, energia, clareza, foco, ensinamento, inspiração, autorização, alternativas, soberania, alegria, sabedoria e aumento da prosperidade e do crescimento.

Uma história pessoal

Há muitos anos, quando aceitei que era um canal, comecei a estudar com instrutores que acreditava serem os melhores nesse campo. Com o prosseguimento das aulas tornei-me cada vez mais aberto e mais envolvido com meu próprio processo de crescimento, sentindo a necessidade de me confrontar com meus próprios medos em relação à canalização. Mentores espirituais, canalizados através de meus instrutores, começaram a se comunicar comigo em meu estado de sono e em meditações, ajudando-me a compreender a mim mesmo e ao que precisava para atuar.

Uma experiência foi a mais profunda para mim, porque toda a minha visão sobre a canalização mudou, tanto quanto minha vida. Uma noite, em uma meditação, fui para uma sala de aula a bordo de uma nave. Parado na frente da sala estava o ser conhecido por Bashar, um instrutor extra-terrestre do futuro, com quem já falei várias vezes através de seu canal, Darryl Anka. Sentado a meu lado estava um conhecido meu, outro canal. Bashar olhou para nós e disse: “Esta é uma aula sobre o medo.A qualquer momento posso transformar-me em alguma outra coisa — absolutamente qualquer coisa. Mas, vocês não saberão o que será, até que aconteça.” Foi isso. Estava aterrorizado e dei uma corrida apavorada em direção à porta, gritando: “Estou aqui fora!”

Mas, alguma coisa me impelia a ficar. Curiosidade? Talvez. De alguma forma eu sabia que precisava enfrentar meus medos, e no momento seguinte estava de volta a meu lugar, observando Bashar. De repente ele começou a se metamorfosear nas mais horríveis e monstruosas criaturas que se pode imaginar! Meu coração disparou, eu estava em pânico. Mesmo assim continuei olhando para aquela figura, cada vez mais profundamente. Sentia-me como se fosse um observador e um participante ao mesmo tempo. O que estava acontecendo ali?

Bingo! Emergi na unicidade com um repentino dardo de clareza (iluminação). Comecei a rir e não podia mais parar, durante alguns minutos. Quando o riso acalmou, olhei para Bashar com verdadeiro amor, respeito e gratidão, e disse: “Obrigado, Bashar! Esta foi a melhor aula que já tive!”. Bashar me perguntou o que aprendera dela. Respondi: “Você nunca se transformou em nada! Foram meus próprios medos do que poderia ser que se tornaram fortes e me fizeram ver as aberrações. Mas a realidade é que você nunca mudou! Os medos e o que eu via vieram de dentro de mim!” Bashar sorriu e concordou. No momento seguinte eu estava de volta para esta terceira dimensão, pensando no que acabara de acontecer.

Várias semanas mais tarde assisti uma sessão de canalização de Bashar. Precisava de confirmação sobre aquela experiência interdimensional. Disse a Bashar: “Tive uma experiência com você em sua nave.Foi uma aula. “Bashar confirmou: “Sim, era uma aula sobre o medo e você obteve um A.” Continuamos discutindo sobre a aula, para que eu e aqueles presentes à sessão pudéssemos compreender melhor. Somos seres tão poderosos e criativos, no entanto é muito raro que abracemos (aceitemos) isso dentro de nós. É mais freqüente optarmos por deixar nosso poder de lado e projetarmos nossos medos sobre os outros.

A aula com Bashar me permitiu confrontar e processar meus próprios medos e ver a insensatez de como eles podem se tornar fora de proporção. Senti muito mais compaixão por mim mesmo. Aquilo transformou minha vida e minha visão dos espíritos, da canalização e do medo! Vi o poder dentro de mim para criar, e percebi que grande serviço os instrutores espirituais nos prestam através da canalização e da meditação. Daquele dia em diante me livrei dos meus temores dos espíritos e das canalizações, o que permitiu que meu próprio processo de canalização desabrochasse.

Quando pedimos, às vezes até para nosso subconsciente, recebemos o que precisamos receber. As respostas estão todas disponíveis para nós. Na meditação ou na canalização tocamos em coisas tão profundas que nossa linguagem é limitada demais para expressar em sua plenitude. Todavia, eis uma bela explicação daquilo que experimentamos durante o processo de canalização, ou até em meditação, quando nos abrimos para mais de nossos eus-Deus. “Eu apenas tinha que pensar em uma pergunta para explorar a essência da resposta. Em um segundo compreendi como a luz funciona, a maneira como o espírito é incorporado à vida física, e porque é possível que as pessoas pensem e ajam de maneiras tão diferente.” (2*) Por que essa magnífica capacidade dentro de nós, por que não quereríamos explorá-la? E ela está disponível em cada um de nós.

Referências

(1*) – Saved by the Light, de Dannion Brinkley e Paul Perry, 1944, pág. 127. (2*) – Idem, pág. 30.

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