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A lei da atração

Flavia Criss

O princípio da atração — pelo qual atraímos para nós mesmos aquilo que procuramos — é uma lei de energia e, como qualquer outra lei, é ativada através de processos naturais. A Terra, afinal, sempre foi redonda, mesmo quando se insistia dizendo que era plana. Mas, antes que se descobrisse a verdade da rotundidade, criou-se uma legião de demônios e monstros que ficavam guardando as extremidades da Terra. Como pôde algo que nunca existiu verdadeiramente ter a capacidade de criar tanto medo e limitação? Porque nossa crença nisso era tão forte, nós lhe insuflamos poder. Tal é o poder de nossas mentes.

A lei da atração — os semelhantes se atraem — é uma das chaves mestras da criação da realidade. “Procura e acharás” é algo que dá certo quando as atrações são tiradas dos ímãs do medo e das exigências estreitas do ego. A lei também está em vigor quando procuramos nos alinhar com nosso eu espiritual mais profundo e colocamos, em nosso mundo, tudo aquilo que é necessário para criar, a partir do que há de mais elevado em nós. Basta olhar em volta para o nosso mundo e veremos o que criamos coletivamente a partir de nossos egos sem visão — guerras; poluições danosas; injustiças sociais, raciais e econômicas; um conhecimento tão privado de sabedoria que balançamos no fio do auto-aniquilamento.

Provocamos coletivamente uma crise planetária e não nos podemos dar ao luxo de continuar assim por muito tempo. Estamos em época de escolhas profundas. Precisamos compreender que nosso destino é um só com todas as pessoas e engloba toda a vida. Não somos apenas co-criadores uns em relação aos outros, mas também somos partícipes com o Divino. A evolução nos obriga, pela vontade ou pela força, a aceitar isso. Cada um de nós é um ímã que nos impele para o nosso mundo, não importa o que tenhamos em nossa mente. A mente é muito mais que apenas o cérebro. Ela engloba nossas intenções, pensamentos, ações, palavras e imagens harmoniosamente providos de energia. A mente acende e mantém o fogo da consciência.

A vontade —força criativa universal 

A única força verdadeiramente potente que você tem é a sua vontade. É o que a maioria de nós menos compreende. Porém, tudo o que vemos à nossa volta, das condições sociais aos relacionamentos pessoais, foi chamado à existência pela vontade. À medida que avançarmos através das mudanças intensas da nova década, vamos ouvir cada vez mais a respeito da vontade. O que é realmente, e qual é a diferença entre a vontade de Deus e a vontade humana? Como sabemos quando estamos de acordo com a vontade de Deus?

Quando a expressão vontade de Deus aparece em nossa vida diária, provavelmente é para encobrir situações que vão desde um desastre natural até a morte de uma criança, desde ganhar até perder uma guerra. Se não conseguimos explicar o que acontece, então deve ser a “vontade de Deus”. Quando a imagem de uma divindade “lá fora” fica pairando na mente coletiva, ela não está muito longe dos antigos deuses da montanha e do rio. A vontade de tal divindade acarreta o medo. Tememos que, mais cedo ou mais tarde, “ela” venha a exigir sacrifícios. Suspeitamos que “ela” está tomando nota e que a qualquer momento nossos erros serão revelados e punidos. Como viver de modo que “ela” nos recompense ou talvez nem nos note?

Muitas pessoas amorosas e inteligentes preferem descartar toda idéia de uma vontade divina transcendente como sendo utópica projeção ou pura superstição. Não é de admirar, portanto, que essas pessoas descubram que o conceito “Deus é amor”, simplesmente não combina com o da “vontade de Deus”, que parece tão indiferente ao sofrimento humano. É provável que nunca combine, enquanto pensamos que a vontade de Deus se exerce em relação a nós, e não através de nós. Teremos dificuldade em aceitar que há realmente um Deus amoroso por trás de todo o caos que vemos.

Será que há mesmo um plano transcendente, um projeto para o planeta Terra? Durante as épocas de rápidas mudanças, como agora, muitas pessoas têm visões simbólicas do que parece ser um plano que se torna claro por meio de sonhos, visões, intuição. Tive a experiência de uma visão desse tipo poucos anos atrás — uma visão que falava do nascimento de um “mundo novo”. Eu estava rezando pelo planeta, formando diante de mim a imagem de uma Terra unificada. De repente ela explodiu, estilhaçando-se em mil pedaços. A partir dessa destruição, surgiu um planeta luminoso, como a velha Terra, só que mais claro, mais brilhante, mais leve. Eu não entendi isso como a profecia de uma hecatombe nuclear. Em vez disso, era uma imagem encorajadora do mundo que se fará presente quando terminarmos as purificações que, por assim dizer, farão explodir o mundo que conhecemos. Fui levada a compreender que estamos no processo de co-criar esse mundo novo e que ele será um mundo caracterizado pela criatividade, “sem iniqüidade”, sem violência. Mas para chegar a esse ponto, partindo de onde estamos, temos, primeiro, de passar pelas explosões. Então o Espírito passou a realçar essa visão para mim, de modo que eu não pensasse que eu é que a havia criado. Na semana seguinte à visão, fui até Jackson, no Mississippi, conduzir um workshop. Não contei a ninguém sobre a visão, pois tenho a tendência de guardar tais experiências para mim mesma até sentir que as incorporei. Após o workshop, fomos em grupo até o planetário. Enquanto estávamos lá, um dos elementos do grupo comprou-me um presente no balcão de  souvenirs: um peso de papéis tendo gravados dois planetas Terra. Não dois hemisférios da Terra, mas dois planetas Terra exatamente iguais, lado a lado. Muitas pessoas estão tendo impressões semelhantes do mundo que está para surgir da escuridão e da passagem perigosa em que nos encontramos agora. A mensagem de todas elas é que devemos nos apegar firmemente a uma visão de nosso mundo em equilíbrio ecológico, racial, econômico, social e político. Esse mundo vai passar a existir por meio de nós. Se não pudermos conhecer o plano todo, cada um de nós deverá conhecer pelo menos a sua função nele. Não é um segredo que outro possa desvendar para nós. Nós o carregamos dentro de nós mesmos. O gene divino que carrega o nosso ADN cósmico inclui o nosso plano para esta vida. Tudo o que realmente precisamos para ativá-lo é aquilo que um escritor do século catorze chamou de “o anseio vivo por Deus”. Toda a jornada de transformação concerne realmente à descoberta de nossa verdadeira identidade e de nossa vontade.

As 7 Etapas de Uma Transofrmação Consciente, p. 33.

Foto: Sergio Villalobos

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