A TÉCNICA DA GRATIDÃO
- Flavia Criss
- 21 de nov. de 2011
- 3 min de leitura
Um pai prometeu à filha uma viagem de volta ao mundo, com todas as despesas pagas, com presente de formatura. Ela ainda não recebeu o dinheiro da viagem e tampouco a iniciou, mas não obstante, está extremamente grata, feliz e alegre como se na realidade já estivesse a bordo de um navio a caminho da Europa e depois do Oriente, por saber que seu pai cumprirá a promessa feita, estando muito feliz com ela. Mentalmente ela já recebeu o presente, com alegria antecipada e profundamente agradecida.
Você já foi a uma loja de automóveis e comprou um carro. Muito embora não possuíssem exatamente o carro desejado, você se limitou a dizer-lhes o tipo do carro que pretendia, sendo informado de que ele seria encomendado e posteriormente entregue. A seguir retirou-se, com o carro, é óbvio, manifestando ao agente os seus agradecimentos, por estar absolutamente certo de o vir a receber, exatamente como o encomendara, uma vez que acreditava na sua integridade e honestidade. E até que ponto deve você acreditar e confiar no Ser Infinito e em Sua lei criadora, que jamais muda e que responde com absoluta fidelidade à confiança Nele depositada?!
POR QUE AGRADECER?
“… Por tudo daí graças…” (I Tessalonicenses 5:18). O homem primitivo possuía um conceito infantil de Deus e O via como um ser antropomórfico que governava o Universo de forma tirânica e despótica, enquanto os homens se comportavam como servos e vassalos que adulavam e se prostravam perante os antigos senhores feudais, possuidores do direito da vida e da morte de seus súditos. Analogamente, o homem primitivo adorava Deus, perante o qual se prostrava, cortejando-o sob todas as formas. Atualmente, o homem vê em Deus um Inteligência Infinita, que se manifesta através da lei da criação, imutável e impessoal, ontem, hoje, amanhã. A Presença Divina possui também todos os elementos da personalidade, tais como o amor, a alegria, a paz, a sabedoria, a inteligência e a harmonia, relacionando-se pessoal e intimamente com o homem, instrumento justo e harmônico daquela lei. O homem que descobre as maravilhas, a glória e a responsividade da Presença e do Poder Infinitos, sente-se imediatamente possuído de satisfação, gratidão e exaltação espirituais, como acontece com o jovem rapaz que descobre algum segredo de química ou da natureza e que, todo excitado e feliz, se apressa em comunicá-lo ao pai. A tendência do rapaz é de exaltação e satisfação com as descobertas feitas. Um menino de dez anos presenteou-me com um cinzeiro que fizera na escola; ao explicar-me como trabalhara e soldara o metal, podia-se ver, em seus olhos a animação e o prazer de que estava possuído. Tal reação certamente induzirá o menino a pesquisar mais e mais segredos nos laboratórios da escola. A satisfação e a gratidão não motivam Deus nem à Lei, mas provocam uma transformação em nossa mente e em nosso coração, produzindo como que um ímã espiritual e mental que atrai todos os tipos de benesses, inclusive dinheiro, das diversas e variadas fontes. Sua gratidão e sua satisfação não se devem manifestar sob as formas da adulação e bajulação em busca de favores; devem, isso sim, constituir-se em aventura emocionante no recesso do seu subconsciente, onde se processa a revisão e o exame intenso e interessado das leis de Deus. Daí se infere que todas as coisas de que se necessita e que se desejam já existem em princípio em seu íntimo, a espera de que você as receba com alegria e reconhecimento. Ao adquirir consciência dos princípios universais da vida e da Providência, que desde as origens dos tempos tudo lhe proporciona, você se sentirá verdadeiramente grato e absolutamente satisfeito. “Todas as coisas estão prontas, quando a mente o está”.(Shakespeare).
1001 Maneiras de Enriquecer, p. 111
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