Abraham — Como O Contraste Pode Nos Servir
- Flavia Criss
- 18 de jan. de 2010
- 6 min de leitura
Este vídeo anexado abaixo relata as formas sob as quais podemos tirar impressões positivas dos contrastes em nossa experiência de vida.
Abraham nos ensina que podemos ver positividade (e atraí-la) em qualquer situação, pois da mesma forma que Bashar, eles acreditam que os acontecimentos não têm significado em si mesmos, mas são apenas uma “via de mão dupla”.
Quando abordamos a nossa vida a partir do ponto de vista da eternidade, ela soa tão boa…
Quando sabemos que somos eternos, não desejamos esgotar nossos desejos; quando sabemos que somos eternos, não só sabemos que não queremos esgotar nossos desejos, mas também não queremos esgotar o que nos causa desejos; não queremos nos livrar dos contrastes que nos fazem nos concentrar numa nova e clara consciência a respeito do que desejamos.
Com efeito, a partir do ponto de vista da eternidade quando tomamos a decisão de nascer, estamos ansiosos pelo contraste que sabíamos que iríamos enfrentar a partir do nosso nascimento, pois já sabíamos e nos lembrávamos disso: que é por essa variedade que nos concentramos e descobrimos uma nova consciência, uma nova preferência. Mas sabíamos disso, nos lembrávamos especialmente disso: quando este novo desejo irradia de nós, seja através da nossa fala ou do nosso sentimento — como sempre acontece– sabíamos que essa parte maior de nós (que a humanidade geralmente chama de Deus), a parte de nós que é a Fonte concentrará uma atenção indivisível em direção à nova ideia expandida. E só porque nós e nosso corpo físico vivemos um contraste que nos causou um desejo ou uma preferência que esteja além do que somos, e porque a Fonte segue essa preferência, nós nos expandimos. A parte maior de nós — o nosso EU em nós — se expadiu por causa dessa nova preferência. Como estamos lidando com essa expansão?
Quando estamos doentes, pedimos o bem-estar. Mas sabemos que toda vez que estivermos doentes, pediremos o bem-estar de um modo novo e redefinido. E a Fonte dentro de nós se torna uma “produtora de bem-estar” como resultado desse pedido.
Mas não precisamos ficar doentes para pedirmos o bem-estar. Podemos, no estado de apreciação (gratidão), continuar a buscar por maiores satisfações em termos físicos. Mas o contraste nos ajuda a concentrar-nos nisso: toda vez que estivermos doentes e pedirmos um bem-estar maior, a Fonte de energia dentro de nós se tornará a “produtora de bem-estar” e a pergunta se torna: “você está se mantendo neste bem-estar”? A resposta seria: “normalmente não, no começo”.
Pois se lançamos nosso “foguete de desejos” — já que somos como a maioria dos humanos — conseguimos ver, na realidade, onde estamos. Assim, mesmo que melhoremos — mesmo se não tínhamos muito dinheiro e nos tornamos mais ricos; ou se estávamos confusos e adquirimos mais esclarecimentos; ou se alguém foi rude conosco e encontramos uma palavra melhor para dizer a essa pessoa — ou só pelo fato de o desejo ter-se manifestado em nós não significa que podemos facilmente ir lá e conseguir um alinhamento vibracional com ele porque no final das contas, nós somos quem somos — seres em expansão, porém rodeados de “definições” em relação às coisas.
Dito de outra forma, o lugar em que nos encontramos concentra nossa atenção, e Abraham entende isso. Queríamos estar onde estamos, como seres físicos, lugar este que detém a nossa atenção, pois sabíamos desde que nascemos as nossas ideias a respeito da vida e da forma pela qual podemos melhorá-la.
Mas quando nos fixamos nas definições e quando o contraste da vida nos serve para ajudar-nos a saber o que não queremos e nos ajudar a saber o que queremos, a nossa parte maior retém a visão do que queremos e se não nos alinharmos a ela, nos separamos da versão maior de nós.
Em outras palavra, isso é o que toda emoção negativa significa, ou seja, a vida faz com que a parte maior de nós se mude para um outro lugar quando estivermos fixados nos detalhes de onde estamos, não nos deixando ir — mais facilmente– para onde estamos indo. E não conseguimos ir porque já que a vida nos causou um desejo de pedir “mais”, todos os recursos do Universo aderem de forma a conseguirmos realizá-lo. Muitos seres humanos sentem o desenrolar da vibração, ou seja, sentem o futuro sob a forma de vibração a ser “pintado” para nós pela nossa parte maior.
E quando em nossa forma física encontramos os pensamentos, as palavras, os sentimentos, as atitudes, o ânimo, as expressões, a terminologia, as visões, quando encontramos a memória, quando encontramos as coisas nas quais queremos nos concentrar e que são relacionadas a essa nova vibração, então não existe separação entre nós e Nós. E quando isso acontece, a manifestação dessa expansão ocorre.
Estamos exercendo essa manifestação em todo lugar, pois em todo momento em que existimos no nosso corpo físico existe um relacionamento vibracional acontecendo entre nós e Nós. E ao dizer isso, Abraham quer dizer que existe uma vibração que oferecemos através do pensamento sob o nosso genial ponto de vista e Nós, sob a perpectiva maior que já existia antes de nascermos.
Estamos aqui nessa forma física que retém a vibração do nosso desenrolar vibracional. É assim que funciona: éramos Fonte de Energia e ainda somos, e quando éramos Fonte de Energia, uma parte de nós se expressou neste corpo — uma pequena parte de nós que se relaciona com quem realmente somos. E enquanto estamos aqui neste corpo explorando o que queremos, o que não queremos, estamos oferecendo preferências constantes nos “foguetes de desejo” que a parte não-física de nós está guardando — naõ só guardando–mas observando — e não só observando — mas sendo — e não só sendo — mas a parte maior de nós se torna o que pedimos para ser e quando o pedirmos.
Quando pedimos, não só recebemos, mas a parte maior em nós “se torna” o que pedimos. Então a pergunta é: como fazemos para mantermo-nos conosco? Estamos em correspondência vibracional com o que pedimos? Podemos dizer pela forma como nos sentimos, quão próximos estamos da correspondência.
Abraham quer que comecemos a sentir uma familiaridade, mais como um “apoderamento”, um “modo de ser”, na verdade, nesse desenrolar de vibração.
O desejo de Abraham é que comecemos a reconhecer que essa vibração que alcança nossa experiência futura, que nos precede vibracionalmente e desejam inclusive que lembremos que tudo o que sabemos e que é físico em sua natureza é precedido pela vibração, e no momento em que se manifesta é concentrado poderosamente em uma visão.
Abraham quer saber se estamos cientes de que a concentração que fazemos aqui neste corpo físico é boa, afinada e concentrada. E que, da maioria das coisas que precisam ser feitas, 99,99999% de toda criação é completada vibracionalmente antes de vermos as suas evidências. Então estamos nos concentrando em coisas que nos fazem sentir bem, que funcionam como a paz quando “clicamos” nesses lugarezinhos em nós. Pois não começamos a “construir” nossa vibração quando chegamos aqui, não a “construímos ontem”, quando chegamos aqui, ou no meio de uma discussão com alguém.
Nós nos aderimos a ela. Não a “construímos” na semana passada, ou no ano passado, quando estávamos doentes. Nós nos aderimos a ela, a remendamos. Mas essa vibração cresceu de quem somos, e tornou-se um vórtice irreversível de atração com todas as coisas necessárias para a união daquilo que nós somos e que está se delineando e sendo “sugado” para o vórtice. Que maravilhoso! É magnífico!
Abraham quer que libertemos as tensões dentro de nós e que paremos de nos amarrar em padrões de perfeição. Ao invés disso, pedem que aceitemos que esses passos em direção a uma vida magnífica em que já vivemos sempre estão trabalhando para nos acomodar, sem importar o que pareça. Alguma vezes as coisas, em seus momentos, parecem mais escuras, mais injustas ou as mais inapropriadas. Algumas vezes essas coisas fazem com que escolhamos o nosso menor crescimento e quando o tempo passa, somos brindados com a experiência do contraste.
Abraham não quer nos encorajar a arrumar problemas para nos sentirmos maiores depois; há muita coisa. Existe muito para nos deixar felizes durante 20 vidas.
Abraham só quer frisar que não devemos nos desesperar quando um pouquinho do que existe nos causar alguma aflição…Devemos fazer o nosso melhor! Para contar a história de onde nos encontramos, neste lugar com o nosso “estado de ser melhorado”, a falar de “problemas” como um verbo no passado…
E é a mais pura verdade que os problemas que já experienciamos fizeram de nós o que somos!
Tradução e comentários meus (Flávia Criss), Jan/2010.
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