…se ele quiser partilhar a essência de sua alma com você. Veja o animal reconhecer-lhe em seu coração, em sua essência, em sua alma e veja-o estender-lhe o convite para correr, para rastejar, para nadar, para galopar, para ser livre , para conhecer o Reino Animal em toda a sua beleza, em toda a sua diversidade, em toda a sua magnificência, como ele conhece as plantas, como conhece as pedras, de forma que tudo será conhecido por você se quiser apenas invocar seu amigo animal, seu totem animal, seu relacionamento animal, seu guia animal em seu lugar, dentro desse “seu lugar de perfeita Paz”. Tudo lhe será dado.
Agora permita que o animal desapareça e transforme-se no que você julgar ser um reflexo da essência da hesitação humana, estranha, alheia, o que quer que você conceba como sendo a ideia de uma outra variação de você mesmo em uma outra dimensão da realidade presente-e-futuro e invoque essa ideia essencial de irmão, irmã, amigo, amante, mãe ou pai no reflexo dessa essência. Veja essa pessoa — ele ou ela — bem à sua frente, com você nesse “seu lugar de perfeita Paz”. Olhe em seus olhos e reconheça seus próprios olhos refletidos neles. Olhe o seu coração e reconheça o seu próprio coração refletido nele. Sinta a sua alma e reconheça sua própria alma refletida nela. Conheça a sua mente, conheça a essência dele (ou dela) e dê a si permissão para conhecer-se enquanto pede a permissão desse Ser para conhecê-lo. Receba a permissão simultaneamente — do Ser e de você mesmo — para que se conheçam um ao outro.
Funda-se com esse Ser. Dois que ocupam um mesmo espaço, veja e sinta — tudo de uma vez só — a reverberação dos átomos dentro e fora de você, na realidade paralela do infinito, no cristal multidinâmico do Tudo-O-Que-É, conheça todos os seus últimos Eus e as expressões de todas as facetas, de todas as formas que o infinito é visto, todos os olhos de Deus, todos os ossos de Deus e todas as ideias daquilo que chama Tudo-O-Que-É por qualquer dos seus nomes, pois todos são os mesmos e todos são Um.
Peça, nessa fusão, nesse “casamento” do Eu com Eu e com o Tudo-O-Que-É, em todas as suas expressões, dedos e mãos, peça para saber o que já saberia e no “seu lugar da perfeita Paz” lhe será dado. Para que o possa identificar, ressignificar, saber o que outros já sabem, andará pelos passos dele, olhará com os olhos dele, sentirá o que sente, conhecerá o espaço dele, conhecerá seu ambiente e saberá que ele é você sob um outro ponto de vista.
Assim como os animais, assim como as plantas e assim como as pedras, todos são você sob um outro ponto de vista e todos deverão saber que você pede para que seja sempre o melhor entre todos os interesses. Na harmonia, na sincronicidade, na luz, no amor, que assim seja.
Retire-se dessa ligação, mas saiba que estão para sempre ligados, mesmo que você reconheça e torne válida a sua individualidade, a identidade individual da diversidade em toda a criação, em todos os seres desse tipo. Você está unido a isso e você é a sua própria união consigo mesmo.
Peça qualquer coisa a qualquer Ser, dessa forma, que dentro da propriedade do tempo e do lugar a informação que servir melhor aos seus interesses lhe será dada, sob a forma que melhor seja e lhe sirva.
Permita agora que esse Ser, esse amigo, esse compatriota, esse irmão, essa irmã, essa criança, essa mãe, esse pai se dissolva para desaparecer e se tranformar em um simples sopro de luz, na essência angélica, no próprio espírito da alma em si de Tudo-O-Que-É, cara a cara, nenhuma em particular, mas todas as faces da criação, uma por uma de Tudo-O-Que-É, seu diálogo com o infinito.
Funda-se ao infinito, pois essa permissão você sempre teve, e sinta o abraço quente, cintilante e vibrante interpenetrando-o, rodeando-o e o apoiando, em todos os aspectos do seu ser, em todos os pensamentos, em todas as ideias que já teve de si, em todas as noções que um dia teve, todo aspecto positivo e negativo é amado incondicionalmente como uma experiência do infinito.
Você está aqui agora…você é tudo o que desejar ser, e isso lhe foi dado — conhecer essas coisas e conhecer a si mesmo completamente, como desejar. Sinta o amor e as batidas do seu coração como se fossem Um…Um…Um….Sinta-se dissolver, desaparecer…e transforme-se na própria Luz, sem a ideia de perder sua identidade, desperte repentinamente na percepção que você — você mesmo– é também propriamente Tudo-Que-É. E isso é o dom da fusão do seu desejo com o desejo divino e da sabedoria, quando você se conhece . Você é Tudo-Que-É e não há diferença entre o seu Livre-Arbítrio e o Arbítrio Divino que é o desejo de que você seja a pessoa, que seja aquilo que é, e nada mais do que isso. Nada contradiz — mas apoia — a sua essência única. Então seja…seja…seja….
E agora permita que a Luz expanda-se em lindas bolhas pelo vazio infinito, o centro do ” seu lugar de perfeita Paz”…esteja lá…fique lá…esteja lá. Permita-se respirar calmamente, lindamente, gentilmente e saiba sem sombra de dúvida que agora, enquanto está no “seu lugar de perfeita Paz” você não é a pessoa que costumava ser. Na verdade, você nunca foi aquela pessoa. Você é a plenitude das possibilidades constantemente em mudança e sempre única. Você é o “seu lugar de perfeita Paz” que está em qualquer lugar aonde vá, assim como também está dentro de você.
Respire…respire….respire…e saiba que você expandiu seus sentidos, abriu portais e portas e tudo o que precisa fazer é pedir, de dentro do “seu lugar de perfeita Paz” e lhe será dado, da forma mais apropriada e que melhor sirva a todos os seus interesses. O único relógio no “seu lugar de perfeita Paz” é aquele que diz “agora! agora! agora! agora! agora! agora! agora!” e o único espaço de tempo no “seu lugar de perfeita Paz” (Fim da parte 17…continua.)
Tradução minha (Flávia Criss), Fev/2010.
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