Darryl Anka – A Arte da Canalização – workshop pt 3
- Flavia Criss
- 19 de jan. de 2010
- 6 min de leitura
Eles projetam esses medos particulares na ideia de que existe uma “entidade os possuindo”, o que não é impossível, baseado no nível de vibração em que estão, mas pela minha experiência é extremamente improvável. A ideia toda é que se faça uma conexão resignada, o que em si é um ato integrado e que em certo sentido significa que se trata de um ato mecanicamente positivo. Portanto a ideia de “uma mistura” é exatamente o contrário de se atrair alguma coisa negativa, que por definição é segregadora e dominadora. Tente conciliar a ideia dentro de vocês de que não precisam necessariamente fazer nada em particular que os faça sentir-se “seguros”, pois qualquer que seja a sua intenção por trás da prática é ela que vai determinar o tipo de coisa que vocês vão contactar ou que até será capaz de contactar vocês. Por que com o que não for da sua vibração — vocês são invisíveis àquela realidade e ela é invisível para vocês– vocês não conseguirão interagir, a não ser que tenham alguma crença subliminar que por alguma razão faça com que vocês necessitem atrair aquele tipo de “drama” para suas vidas — algumas pessoas precisam disso.
Mas repito: se vocês atraírem algum tipo de “drama”, faça-o trabalhar para vocês, sejam criativos com isso, sejam imaginativos e o façam funcionar para vocês, da forma que quiserem usar essa energia.
Penso que vocês descobrirão — como eu e outros “canais” descobriram — que quando começamos a caminhar por esse processo, ele vai sempre testá-los, o que significa que vocês terão sempre que checar para terem certeza de que acreditam mesmo que está acontecendo, que ainda querem fazer isso, que ainda conseguem fazer isso, ou seja, vocês descobrirão que serão testados.
E uma das formas em que eu e outras pessoas nos sentimos testados foi quando nos sentimos presos um pouco a um “jogo do Ego”, ou seja, você pensa “oh, veja o quanto já caminhei nisso, posso lidar com isso, está indo tudo bem, eu sei tudo o que preciso saber a respeito de canalização”. E assim que eu penso dessa forma, eu sou esmagado. Vocês constantemente se testarão e terão que permitir isso. Uma das maiores “dicas” que eu descobri a respeito de ter certeza que estava de alguma forma “equilibrado” no processo foi jogar fora qualquer presunção ou expectativa a respeito daquilo que um “canal” devia fazer. Basicamente o que eu quero dizer é que as pessoas têm expectativas a respeito do que significa trazer para si essa energia e elas podem ficar presas na ideia do que isso representa e o que devia acontecer para que elas acreditem que estão funcionando “corretamente”. Uma das melhores coisas que vocês podem fazer por si mesmos e uma das formas como podem se tratar mais gentilmente nesse processo inteiro seria a de que não importa a que vocês pensam que estão se conectando, não importa o quão onisciente ou onipotente isso possa ser, está tudo bem se repentinamente, no meio de uma “canalização” vocês perceberem que não sabem o que devem fazer ou que não sabem o que devem dizer, ou que não sabem o que deve ser a informação — está tudo bem porque a entidade não sabe. Vocês têm que ficar confortável com o fato de que não há problema em não saberem e se isso aconteceu naquele momento, deixem rolar.
Às vezes este é um dos testes mais difíceis que vocês se aplicam, pois quando começam a pensar que “deve haver uma resposta” ou se ficar parecendo que vocês não sabem aí é quando vocês enfrentam problemas, pois começam a trazer à tona coisas que são incorretas e desequilibradas.
Assim, se de repente nada lhes vier à tona para comunicar, nada veio e não há nada que vocês possam fazer a respeito. Então não se empurrem para irem mais rápido do que necessitam com isso. E lembrem-se que isso é muito importante: quando vocês começam uma jornada, especialmente, nesse tipo de “canalização” e principalmente se vocês decidirem ir a público com isso, repito, não existe razão na ideia de ajudar outras pessoas se vocês não se tratarem com o mesmo respeito. Então não se exijam demais, não se sobrecarreguem de trabalho, não achem que têm que se apresentar, não achem que devem fazer isso pelas outras pessoas, mas criem seu próprio horário para isso.
Se não se tratarem bem, se não tiverem tempo para ser quem vocês queiram, separadamente de qualquer “serviço” que achem que estão oferecendo com a canalização, vocês não conseguirão ser muito úteis, pois irão se esgotar.
E mesmo que com o passar do tempo a energia possa se tornar “energizante”, no início pode ser cansativo pois não estarão acostumados a ela, embora com o tempo vá ser tornar “energizante”. Mas por um longo período de tempo, não vai ser “energizante” mesmo, isso é algo com o que vocês terão de ter cuidado, se acharem que são mais resistentes do que pensavam — podem haver mais definições cruzando o seu caminho — mas se não for algo que lhes dê a chance de serem vocês mesmos, de terem o seu tempo, de fazer o que quiserem — pois vocês estão vivendo uma vida aqui na Terra! — então estão indo longe demais e como Bashar diz, “o serviço não é servidão”.
Houve um tempo — por volta do segundo ou terceiro ano de canalização — em que eu estava canalizando quase todo dia, o que é demais. Eu nunca estava –literalmente — aqui! Não estava centrado, estava esgotado por não estar vivendo a minha vida. Na experiência de canalização, o tempo é muito tênue e acontecia assim: eu acordava de manhã, esfregava os olhos, e quando os abria de novo já era noite, eu não via o dia, ou seja, eu não estava vivendo uma vida aqui. Então eu quis regular isso, eu olhei para trás e decidi que deveria acontecer 2 ou 3 vezes por semana, é assim que me sinto confortável, é assim que quero fazer. Então por favor não se empurrem para ir nessa direção, porque ninguém pode exigir que ajudem dessa forma, senão vocês vão terminar sem ser muito úteis.
Uma das coisas que acontecem com muita frequência nesse tipo de canalização é quando as pessoas começam a canalizar e então canalizam esta entidade, aquela ali, aquela outra, ou seja, canalizam 27 entidades…não que não possa contecer, mas pela minha experiência, isso é extremamente raro. Mas é um bom sintoma, na verdade, em que algumas pessoas se enganam pensando algo que não existe.
Repito: o discernimento é importante, vocês terão que decidir o que isso significa, porem repito, pela minha experiência e na de outros “canais” vocês encontram mais comumente o fato de que quando as pessoas acabam de começar a canalizar e são bem novatas mesmo na arte, repentinamente elas começam canalizar 50 milhões de entidades diferentes — essa federação e aquela, mudando num piscar de olhos — mas na verdade se trata apenas de vários fragmentos da nossa própria personalidade, aquelas que fomos forçados a ter em nossa consciência pela nossa história pessoal e coletiva, ou seja, todas começam a vir à tona para então poderem se reintegrar.
Assim, muitas vezes, o que parece ser “fulano” da Dimensão 12, ou a mulher azul da lagoa aqui pertinho, isso ou aquilo, nada mais é do que a porção da nossa propria personalidade, que temos que reconhecer arquetipicamente e simbolicamente como coisas que devemos reintegrar dentro do nosso próprio entendimento de quem somos.
Assim que isso começa a acontecer, vocês normalmente irão descobrir que faz parte do processo natural e então vão diminuindo gradativamente as entidades, e vocês se tiverem lidando com mais de uma entidade ainda, vão começar a se acomodar em duas, três ou uma só, ou talvez só uma visitinha de vez em quando, quem sabe? Mas percebam que este é um sintoma bem típico e isso é o que acontece normalmente. Repito que podem haver exceções, eu estou falando que de modo geral são apenas fragmentos de vocês se juntando e os fazendo perceber as suas posições autônomas dentro de vocês, pois estavam fragmentados, e tudo foi suprimido, nunca exprimido durante muito tempo, e elas reclamam sua chance de se anunciarem como “reais” dentro de vocês — não que sejam “reais em si” — mas sim tendo a ver com a pessoa que são, em uma consciência e quando começam a ser reintegradas, talvez vocês descubram que uma delas se torna dominante ou quando vocês fazem a reintegração, outra coisa pode se anunciar e chegar em vocês.
Para mim, foi uma anunciação. Quando eu recebi pela primeira vez a conexão, havia uma palavra que era “Bashar” que não era um nome, era uma palavra em árabe, talvez por conta dos meus antepassados árabes. Não tinha ideia por que foi escolhida, eu não falo árabe, eu não tinha ideia do que significava, me disseram depois que significava “mensageiro”.
Mas isso não acontece sempre. Algumas vezes existem razões para existir um nome, outras vezes não, então não tenham a expectativa de receberem algum nome nesse sentido, se tiverem alguma coisa que sintam ser um “contato”. Vocês podem perguntar: existe um nome? Se não vier nenhum nome à sua mente, por favor, não fiquem achando que tem que haver um nome para aquilo ser válido. Repito como sempre faço no começo dessas aulas: a informação
(Fim da parte 3…Continua)
Tradução minha (Flávia Criss)Jan/2010.
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