DOAÇÃO E PROSPERIDADE
- Flavia Criss
- 21 de set. de 2011
- 5 min de leitura
Algum tempo atrás, um homem disse-me que fazia freqüentemente doações à sua igreja, mas que não prosperava. Vim a descobrir, entretanto, que ele não fazia suas doações semanais integralmente, porquanto, ao fazê-las, julgava-se privado de parte de seus rendimentos. Tal comportamento constituía uma restrição menta. Após nosso encontro, ele mudou de atitude mental, passando a fazer suas doações com alegria e total desprendimento; em pouco tempo, verificou que a “lei do aumento” trabalhava também em seu benefício. Expliquei-lhe ainda que a doação, conforme a entende a Bíblia, não consiste em dar dinheiro a várias instituições de caridade ou religiosas, muito embora tal prática seja das mais elogiosas e dignas de louvor. Quando o dinheiro é o objeto da doação, esta deve ser feita com a finalidade de divulgar as verdades de Deus e à instituição da qual se recebe inspiração e auxílio espirituais. Retrucou-me, então, agradecido: “Aí está a explicação de que necessitava; agora entendo perfeitamente o significado da doação”.
DOAÇÃO REVERSA
Um conhecido meu queixou-se amargamente, dizendo: “Todos os domingos faço doação de grandes importâncias a grupos religiosos de Nova York e, não obstante, jamais consigo equilibrar as despesas”. Sua atitude mental, conforme vim a descobrir, era a seguinte: “Não espero nem tampouco desejo nada em retribuição”. A Bíblia diz que, se o homem escolher uma coisa, essa coisa virá a ser sua, pois assim transmite uma ordem ao seu subconsciente que implicitamente a obedece. Expliquei-lhe também que estava neutralizando seu lado bom, algo como se tivesse colocado uma semente no solo e a retirasse pouco depois, impedindo dessa forma a sua germinação. Esse homem começou então a entender que, se o agricultor deixasse a semente no solo, automaticamente viria a ter uma colheita; isto é, que a “lei do solo” e a “lei da mente” são idênticas. Passou então a esperar que a “lei da opulência” viesse a contemplá-lo, vindo sua condição financeira a melhorar consideravelmente.
A SABEDORIA EM DOAR
É preciso ser muito cuidadoso ao fazer doações a parentes ou aos pobres. Não há mal algum em ajudá-los a vencer dificuldades, mas tenha cuidado em não privá-los da iniciativa ou do incentivo de resolver seus próprios problemas de acordo com a sua capacidade. Quando o auxílio é obtido com muita facilidade e freqüência, a pessoa torna-se dependente e, em última instância, conformada e lamuriante. A melhor coisa que se tem para dar-lhes é o conhecimento da “lei do pensamento auspicioso”. Assegure-se, ao dar alguma coisa, de que não está prejudicando ou impedindo os outros de expressarem e desenvolverem os seus talentos e habilidades ainda não revelados. Freqüentemente, o beneficiário de uma doação pouco inteligente adota uma atitude de ressentimento contra o suposto benfeitor, por sentir-se dependente e por perceber a sua piedade ou seus sentimentos com relação a seu estado de privação. Ele tem consciência de que devia ser tão próspero e bem sucedido quanto você e sente-se culpado por ser um parasita; tal sentimento acarreta-lhe um profundo complexo de culpa e deixa-o ressentido com o seu benfeitor. Transmita-lhe o conhecimento das leis da mente e dos caminhos do espírito, que não mais aceitará qualquer coisa, seja uma colher de sopa ou um terno velho, pois assim você lhe terá revelado a sua própria capacidade de alcançar o seu tesouro interior, no qual poderá abastecer-se de todas as riquezas que lhe foram dadas pelo Ser Infinito desde as origens dos tempos.
A DOAÇÃO PERMANENTE
Pratique a doação permanente. Deixe extravasar e irradie para todas as pessoas amor, bondade, amizade, alegria, confiança, entusiasmo e boa vontade. Não é possível dar-se apenas um décimo dessas coisas, pois elas não podem ser divididas ou multiplicadas, por serem eternas e ilimitadas no tempo e no espaço. Essas qualidades e atributos de Deus existentes em seu íntimo jamais envelhecem; além disso, não existe carência de amor, bondade, beleza, paz alegria, suavidade e sinceridade, por emanarem igualmente de Deus e serem também eternas, intermináveis e infinitas. Não se pode considerar aquilo que é autêntico à base de porcentagem, nem mesmo a riqueza. Mas a riqueza pode fluir para você na medida das suas doações. Deixe extravasar as riquezas dos céus; dê coragem, fé, esperança, apreço e gratidão e, na medida que o conceder, Deus o cumulará com usas benesses, sob forma financeira bastante tangível. “Trazei o dízimo todo à casa do tesouro, para que haja mantimento em minha casa e provai-me nisto, diz Jeová dos exércitos, se não vos abrir eu as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção até que não haja mais lugar para a recolherdes”. (Malaquias 3:10).
SÍNTESE DO CAPÍTULO VI
Pontos importantes a relembrar
1. Praticar a lei dos dízimos significa dedicar uma parcela de seus rendimentos a finalidades verdadeiramente sagradas e infinitas: significa também depositar as crenças, convicções e auto-apreciações no seu tesouro interior, isto é, no seu subconsciente. Esse tesouro lhe dará recursos financeiros.
2. Use a filosofia dos dízimos para a consecução de relações humanas harmoniosas, admitindo que Deus age na mente e no coração dos outros e que existe uma solução harmoniosa e divina entre as pessoas.
3. Dedique um décimo do seu tempo à meditação e à oração antes de realizar uma preleção ou conferência. Deus o inspirará e maravilhas acontecerão em sua vida.
4. A transmissão de fé e confiança a outra pessoa é uma forma de utilização da filosofia dos dízimos. Faça-a saber que você crê e acredita nela sob todos os aspectos, que ela reagirá de forma correspondente.
5. A oração pode proporcionar-lhe beleza, sabendo que a beleza indescritível de Deus se manifesta através do seu ser e que outras pessoas sentem-se inspiradas e motivadas pelos seus trabalhos.
6. A oração pode dar-lhe amor, pelo reconhecimento de que o amor de Deus inunda a sua alma e pela irradiação de amor e boa vontade para todas as pessoas. Continue a proceder assim e muitos milagres ocorrerão em sua vida.
7. O amor e a boa vontade transmitidos aos outros lhe são retribuídos, multiplicados e ampliados, sob inúmeros aspectos, sendo um deles o dinheiro.
8. A doação livre, jovial, sincera e com um sentimento de abandono lhe proporcionará inevitavelmente riquezas fabulosas.
9. A doação deve ser generosa e seguida das seguintes palavras: “Concedo esta importância livremente e Deus a multiplicará extraordinariamente”.
10. A doação regular da importância que de coração se deseja dar lhe acarretará aumentos consideráveis e rápidos de rendimentos.
11. A doação feita visando a obtenção de recursos financeiros deve ser seguida da seguinte oração: “Deus é minha fonte invariável de suprimento, atendendo instantaneamente a todas as minhas necessidades: Suas riquezas fluem para mim de forma incessante, infatigável e interminável”.
12. Ao se fazer uma doação não deve haver restrições mentais ou sentimento de privação: a doação deve ser feita com jovialidade, com muitas benesses para todos.
13. Assim como um agricultor espera pela colheita, deve-se aguardar que a lei natural dos dízimos nos proporcione benefícios.
14. A melhor coisa que se pode dar a outrem é o conhecimento da “lei do pensamento auspicioso”, pois assim jamais necessitará de qualquer outra coisa na vida.
1001 Maneiras de Enriquecer, p. 58.
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