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O SILÊNCIO PROPORCIONA RIQUEZA

Flavia Criss

Robert Louis Stevenson praticava o silêncio regular e sistematicamente e tinha o hábito persistente de, no silêncio da noite antes de dormir, transmitir instruções específicas ao seu subconsciente. Com a atenção divorciada do mundo sensorial exterior e voltada para a sabedoria e poder do subconsciente, solicitava deste último que, durante o sono, lhe proporcionasse as histórias de que necessitava. Por exemplo, quando a sua situação financeira era desfavorável, enviava ao seu subconsciente um comando deste tipo: “Proporcione-me uma boa e emocionante novela, que seja também comerciável e rendosa”; a resposta era geralmente bastante generosa.

Dizia Stevenson: “Esses pequenos duendes (a inteligência e os poderes do subconsciente) podem contar-me uma história, capítulo por capítulo, como se fosse um filme seriado, e conservar-me, seu suposto criador, na mais total ignorância do seu desenvolvimento futuro”. E acrescentava que “a parte do meu trabalho que é feita quando estou acordado não é necessariamente minha, pois tudo leva a crer que os duendes tiveram participação nela”.

O SILÊNCIO O FEZ FAMOSO

Kahlil Gibran, o escritor de “O Profeta”, não somente deliberava no silêncio da noite, em comunhão interior com Deus, irradiando amor, paz, alegria e satisfação, como também contemplava a sua própria radiação, luz, amor, verdade e beleza interiores, transmitindo à humanidade a riqueza das suas meditações em seus silêncios com Deus. Gibran voltava-se freqüente e interiormente para Deus, o Bom e o Belo, e escrevia: “Sou um devoto dos Silêncios e os tesouros que ali encontrei posso distribuí-los com confiança”. Gibran obtinha sabedoria, verdade e beleza das fontes inesgotáveis existentes em seu íntimo. No silêncio da noite e em sintonia com o Ser Infinito, recebia inspiração do Altíssimo e escreveu gemas maravilhosas de sabedoria, que o fizeram famoso e também bastante rico.

O SILÊNCIO E UMA EXPERIÊNCIA EMOCIONANTE

Meu alfaiate contou-me uma história emocionante ocorrida com sua filha. Ao voltar de um desfile de modas de que participara, em Nova York, ela dissera ao pai: “Vi hoje, no desfile, um bonito casaco de arminho que custa oito mil dólares. Sei que não posso comprá-lo, mas vou fazer de conta, em minha mente, que ele é meu. Como gostaria de possuí-lo!” Seu pai disse-lhe, então, que imaginasse estar vestindo o casaco, que procurasse sentir a sua pele macia e o próprio casaco como se realmente o estivesse vestindo. Assim fez ela, acariciando-o e admirando-o, em sua mente, como uma criança faz com sua boneca, até vir a sentir, pela repetição, uma emoção estranha. No silêncio da noite, se imagina indo dormir “vestindo” aquele casaco e sentindo-se feliz por “possuí-lo”. Um mês se passou e nada aconteceu. Ela estava a ponto de desistir, quando se lembrou de que só a perseverança produzia resultados. “Aquele, porém, que persevera até o fim, esse é que será salvo”. (Mateus 10:22). A seqüência do seu drama mental foi a seguinte: uma manhã de domingo, após minha prelação, um homem pisou acidentalmente no seu pé e pediu-lhe muitas desculpas, oferecendo-se finalmente para levá-la de carro até a sua casa, o que ela aceitou prazerosamente. Após um conhecimento relativamente curto, ele veio a lhe propor casamento, deu-lhe um bonito anel de diamantes e disse-lhe: “Vi um casaco maravilhosamente bonito, com o qual você ficaria simplesmente radiante”. Era justamente o casaco que ela admirara um mês antes. O vendedor disse-lhes que muitas senhoras ricas o haviam admirado imensamente mas por alguma razão sempre escolhiam uma outra coisa.

1001 Maneiras de Enriquecer, p. 128.

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