Você já se perguntou?
Ontem foi o meu dia de questionar isso novamente. É que, às vezes, recebo comentários aqui no Blog que são tão carregados de ódio e agressividade que fico me perguntando o que levou aquela pessoa a responder a um post com tanto negativismo, quando não foi minha a intenção consciente ofendê-lo, posto que sempre temos a escolha de vermos pelo lado positivo absolutamente tudo o que acontece em nossa vida.
Foi então que eu me lembrei de mim mesma, em várias situações da minha vida em que me senti dessa forma, como viciada, ilhada e rendida pela negatividade, sem conseguir sair dela facilmente. A partir do estudo da Lei da Atração com Abraham-Hicks, consegui entender que o que chamamos de vida/destino/deus são eu mesma, em meu divino poder criativo inesgotável, infinito e …tcham tcham tcham tcham … e-ter-no. Somos assim. Eu e você e todos nós ;-).
Por isso fui pesquisar e encontrei esse texto muito legal da Andrea Shulman em seu Blog Raise Your Vibration Today que vou comentar aqui daquela forma que você já conhece, okay?
Antes de partirmos juntos nessa reflexão, quero te dizer que meu intuito com esse post não é julgar ninguém e nem a mim mesma em tais momentos, pois já fiz as mesmas escolhas, por várias vezes e então aprendi a escolher melhor. Quero sim refletir junto com você as razões que tivemos/temos para continuar preferindo considerar o lado negativo como o “certo/seguro”, pois acredito que tais razões não sejam tão conscientes assim como imaginamos.
Bem, segundo o artigo da Andrea, a negatividade é mesmo um vício, uma vez que se trata de um comportamento habitual que dá suporte para que as pessoas consigam evitar temporariamente certas dores ao substituí-las por prazeres curtos e imediatos, o que caracteriza o mecanismo que ocorre com qualquer outra substância viciante.
Deixa eu explicar tal mecanismo novamente, da forma como acho que entendi: a pessoa encontra algo/alguém que faz com que ela se lembre da falta que sente de determinada coisa; essa falta — de bem-estar, de esperança, de felicidade, de justiça, de juventude, de beleza, de atenção e etc. — causa nela uma dor que parece que pode ser reparada de forma temporária e imediata, através de um comentário maldoso com “pretensão de inteligente” ou outra ação negativa que faz com que essa pessoa se sinta temporariamente mais feliz por se sentir “superior”ou “mais esperta”em relação à coisa/pessoa que disparou nela o gatilho doloroso daquela falta. Assim, ela se vicia nessa felicidade temporária que a negatividade lhe traz porque para ela pode ser o caminho mais fácil, mais imediato ou simplesmente o único que ela sabe.
A Andrea listou 4 razões pelas quais as pessoas se viciam na negatividade. Seriam elas:
1) É o costume
Nós todos fomos criados para reforçarmos crenças negativas que de uma forma ou de outra são/foram o que garante/garantiu a sobrevivência de muitos. Ditados como “Seguro morreu de velho” só se tornaram “ditados”porque se revelaram, em uma determinada época/situação, como sendo a forma mais “segura” (leia: sobrevivência) de se viver no mundo “cão”. Mas só precisa se sentir seguro quem vive/se sente em perigo — mundo cão, mundo cruel — concorda? É, mas não era fácil fazer essa reflexão.
Assim, conforme fomos crescendo, aprendemos a reclamar das coisas, a temer o desconhecido (ou conhecidos, muitas vezes :-p) e a focar no pior como forma de nos mostrarmos “previdentes” e portanto mais “inteligentes”em relação aos demais.
Dessa forma, pode parecer extremamente desafiador nos tornarmos pessoas positivas, mesmo quando nos esforçamos para isso.
Como velhos hábitos podem ser difíceis de se eliminar, é preciso “grande dedicação”(entre aspas, porque acredito que é só mudar a nossa frequência de vibração; mas isso é assunto para outro post :-p) para conseguirmos desenvolver a visão positiva da vida, como acontece com todos os comportamentos viciosos.
2) Ajuda em nosso enquadramento
Se você olhar em volta, o negativismo parece ser o comportamento padrão ou “status quo” nas sociedades. É muito mais frequente iniciarmos conversas com as pessoas relatando problemas da vida do que nossos sucessos.
Falar com um amigo sobre nossos problemas de saúde, por exemplo, pode nos ajudar a construir uma base de confiança para recebermos mais simpatia, atenção e acolhimento do que contarmos algo fantástico que nos aconteceu hoje — que pessoa antipaticamente feliz — não?
Na verdade, podemos ser bastante menosprezados em alguns círculos ao nos mostrarmos muito felizes e satisfeitos com as nossas vidas, especialmente se as nossas conversas tiverem sempre coisas positivas a acrescentar. O fato é que muitas pessoas podem acabar pensando que somos ingênuos, idiotas ou até insensíveis às dores humanas.
Assim, quando reclamamos para outros, a tendência é recebermos muito mais atenção e aprovação social do que quando nos mostramos positivos. Por essa simples razão, sermos pessoas negativas pode nos trazer mais recompensas imediatas, como acontece com qualquer outra droga.
3) Assumirmos as próprias responsabilidades faz doer nosso Ego
Quando reclamamos e colocamos a culpa nos outros, conseguimos evitar encararmos as nossas responsabilidades em relação às infelizes circunstâncias em nossas vidas e tal atitude protege o nosso Ego. Tal tipo de negatividade nos coloca como “vítimas” daquelas circunstâncias negativas e não como os mestres dos nossos próprios acontecimentos, como todos somos.
Muito embora o ato de assumir as próprias responsabilidades seja, para nós, uma experiência extremamente fortalecedora e libertadora, muitas pessoas ainda não conhecem ou mesmo compreendem tal processo e por isso fazem uso frequente da negatividade para evitar perceberem-se como aquele que tem culpa/responsabilidade pelos próprios infortúnios.
4)A negatividade é reforçada pela Lei da Atração
Através da Lei da Atração, nós recebemos as coisas em que mais focalizamos nossas energias. Assim, quando reclamamos de algo, recebemos mais daquilo para continuarmos reclamando. Através dessa atração constante de circunstâncias e eventos negativos, muitas pessoas passam a se sentir validadas ao serem negativas.
Então funciona assim: a pessoa passa por eventos que sente como negativos, reforça-os com seu comportamento negativo (reclamações, xingamentos, enunciados maldosos, etc) para lidar com o peso doloroso da responsabilidade e ainda recebe a validação pela atenção e aprovação dos outros. Então, seu foco no negativo cria mais circunstâncias e eventos negativos e portanto, mais oportunidades para evitar o auto-confronto que causa “dor”(decepção, desilusão) e, de novo, ganha a aprovação e atenção dos outros.
É um ciclo vicioso habitual que para muitos, pode durar a vida inteira. Mas como dá para perceber, as pessoas negativas não precisam ser “más”, mas simplesmente estão presas num mau hábito que é continuamente reforçado socialmente através da aprovação/atenção que as ajuda a evitar a dor de assumir responsabilidade por si.
No entanto, o vício na negatividade é perfeitamente passível de ser transformado através do aprendizado de como funciona a Lei da Atração, do desenvolvimento da consciência no presente e do desejo de libertar-se do Ego e focarmo-nos mais no lado positivo embutido em todo e qualquer evento/situação.
Quando nos focamos no lado positivo da vida, tudo se torna mais fácil e agradável e as compensações imediatas do negativismo nos parecem cada vez menos atraentes e chamativas. Quando nos livramos do negativismo, descobrimos que as recompensas da positividade são extremamente melhores em termos amplos e mais duradouros.
Então, vamos fincar o pé na positividade? O mundo precisa disso.
Tradução, texto e comentários meus, Flavia Criss.
Alameda, Ca – 15 de dezembro/2016
Comments